-perguntas-e-respostas-sobre-autismo
Com qual idade é possível diagnosticar se uma criança é autista? Como os professores podem garantir o acolhimento na sala de aula?
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Aproximadamente 1 em cada 160 crianças em todo o mundo possui algum transtorno do espectro autista, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde. Uma criança autista apresenta dificuldades no desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, interação e comportamento social. Mas estudos já mostraram que programas de treinamento e educação podem reduzir essas dificuldades.
O processo de identificar uma criança autista assemelha-se a identificar uma deficiência de aprendizado. O professor precisa olhar para as habilidades sociais da criança e ver se elas ficam aquém do seu potencial. Não existe uma maneira simples de conferir se uma criança demonstra comportamento social apropriado para sua idade, da mesma maneira que as habilidades de leitura e escrita.
.Não há consenso quanto a isso. Ao contrário, trata-se de uma questão bastante polêmica. Se, por um lado, há quem defenda o diagnóstico precoce, por outro, uma parte significativa de especialistas afirma que é preciso considerar que nos anos iniciais estamos em pleno desenvolvimento e um diagnóstico equivocado pode gerar sérios prejuízos. O diagnóstico de TEA é o que chamamos de diferencial, que é um método sistemático usado para identificar doenças realizado, essencialmente, por processo de eliminação. Envolve a somatória de algumas características e a exclusão de outras, ou seja, características que podem indicar que uma criança tem um transtorno do espectro autista podem não estar presentes em outra com o mesmo diagnóstico. Após o lançamento do DSM V, o transtorno de Asperger passou a ser considerado dentro da designação geral, ou seja, ele está contemplado no transtorno do espectro autista. O importante é compreender que a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e a Lei Brasileira de Inclusão estabelecem que os processos de Habilitação e Reabilitação devem começar “no estágio mais precoce possível e sejam baseados em avaliação multidisciplinar das necessidades e pontos fortes de cada pessoa”. Estabelecem ainda que a atenção integral à saúde das pessoas com TEA deve “envolver diagnóstico diferencial, estimulação precoce, habilitação, reabilitação e outros procedimentos definidos pelo projeto terapêutico singular”. Ou seja, a avaliação deve considerar os aspectos biopsicossociais, assegurando que o direito ao diagnóstico precoce seja contemplado de maneira mais abrangente.
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